Não foi uma eleição livre de contestação, correu nas redes uma petição pedindo para os EUA revogar o visto de Sam Kutesa, Ministro das Relações Exteriores do Uganda e promotor da lei que persegue as pessoas LGBT no Uganda.
O mandato de Kutesa será de um ano e segundo o chefe da diplomacia americana será um mandato monitorizado observando como o seu trabalho afeta a situação das pessoas LGBT bem como das mulheres e meninas com especial atenção a África.
Samantha Powers, representante permanente dos EUA nas Nações Unidas, disse numa declaração escrita ser apropriado nomear um presidente africano uma vez que se trata de um ano que a ONU tomará decisões importantes sobre questões críticas do território africano em particular mas também do mundo, uma agenda que pretende o desenvolvimento transformador para o sucesso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio.
Desta forma o grupo africano da ONU teve a oportunidade de eleger o seu representante, e Sam Kutesa foi o eleito sem qualquer concorrência.
Kutesa promoveu a lei que pune as pessoas LGBT no Uganda apoiado pelo seu presidente Yoweri Museveni, uma lei que impõe penas pesadas não só às pessoas LGBT, como também a todas as que sabendo de um amigo ou vizinho LGBT não denuncie, bem como as pessoas que acolham.
Apesar das promessas dos EUA de aplicarem sanções ao Uganda quando da aprovação da lei, as sanções não surgiram e não houve qualquer oposição à eleição de Kutesa como presidente da Assembleia da ONU.