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Segunda-feira, 11 Agosto 2008 18:55

SIDA
Menos de 1% dos fundos são orientados para gays



Foi o momento da verdade para Jorge Saavedra... no meio de um discurso empolgante diante de 5000 pessoas sobre a falta de fundos dirigidos para a luta contra o VIH/SIDA junto dos homens homossexuais, Saavedra fez uma pausa, e afirmou publicamente pela primeira vez que era homossexual. O representante do México foi ovacionado pela plateia quando apresentou a foto com o seu companheiro. Momentos depois recebeu os parabéns de vários homens com lágrimas nos olhos.


"Sisseram-me que eu era um heroi, e que sonhavam poder fazer o mesmo nos seus países", comentou Saavedra, que vive com VIH e dirige o programa de prevenção do VIH/SIDA num país em que muitos homens homossexuais vivem em negação.

Mas a mensagem principal de Saavedra na Conferência Internacional VIH/SIDA foi que a homofobia tem de ser ultrapassada para que se possa controlar o VIH/SIDA no mundo. Os números de infecções entre homens gays e bissexuais dispararam em flecha em diversos países do mundo... e no entanto menos de 1 por cento dos fundos mundiais de prevenção são dirigidos para homens que tem sexo com homens de acordo com os últimos dados disponíveis da UNAIDS referentes a 2006.

A situação é agravada pelo facto de em alguns países os próprios governos não aceitarem que a homossexualidade existe ou, pior ainda, que é criminalizada.

Pelo contrário o México respondeu de forma enérgica em relação à situação: abriu clínicas "livres de homofobia", o governo promoveu campanhas que incluem spots de rádio com mães a aceitarem os seus filhos homossexuais e o programa de prevenção nacional reservou 10% dos seus fundos para prevenção dirigida a homens homossexuais e bissexuais.

A nível global a situação é complicada pois, devido à pressão social, muitos homens que tem sexo com homens não se identificam como homossexuais ou bissexuais. Mais de 30% dos homens da América Latina que tiveram sexo com homens indicaram que também tiveram sexo desprotegido com mulheres, segundo a UNAIDS. Muitos são casados.

Saavedra, de 48 anos completa: "todos conhecemos alguém assim... em vez de dizerem que são homossexuais é mais simples para eles justificar os seu comportamento. Dizem que estavam bêbados e excitados sexualmente e teriam sexo com qualquer pessoa." Alguns chegam a agredir transexuais e travestis depois de terem sexo por sentirem vergonha de si próprios.

SIDA: Menos de 1% dos fundos são orientados para gays

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