O parlamento dinamarquês aprovou uma lei que reconhece o casamento entre pessoas do mesmo sexo esta quinta-feira com 85 votos a favor, 24 contra e duas abstenções.
A lei concede o direito de objecção de consciência a padres que não queiram realizar um matrimónio entre duas pessoas do mesmo sexo protegendo assim a questão de liberdade religiosa. A Igreja da Dinamarca irá apresentar na próxima semana a forma exacta da cerimónia para pessoas do mesmo sexo que será em alguns pontos ligeiramente diferente da cerimónia atualmente utilizada para casais de sexo diferente, embora o estatuto de casamento seja igual.
A Dinamarca foi o primeiro país do mundo a reconhecer uniões civis entre casais do mesmo sexo em 1989, mas com um estatuto diferente do casamento. Neste momento existem cerca de 4100 uniões civis registadas neste país de 5 milhões e meio de habitantes que serão automaticamente convertidas em casamento com a entrada em vigor da nova lei.
Atualmente os casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo podem ser realizados em Portugal, Argentina, Bélgica, Canadá, Islândia, Países Baixos, Noruega, África do Sul, Espanha, Suécia assim como em algumas regiões do Brasil, México e Estados Unidos.