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Domingo, 10 Junho 2007 22:26

BRASIL
Parada Gay enche São Paulo de cores e multidões



Uma multidão de pessoas que participavam da 11ª Parada do Orgulho GLBT ocupavam grande parte da Avenida Paulista, da frente do prédio da Avenida Brigadeiro Luís Antonio até a Rua da Consolação, por volta das 16 horas deste domingo, 10.


A parada começou às 14h20 com a abertura de uma enorme bandeira com as cores do arco-íris e contou com ao menos 1 milhão de pessoas - de acordo com a Polícia Militar - e de cerca de 3,4 milhões de pessoas - segundo a organização do evento. A festa teve a presença de políticos, como o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e a ministra do Turismo, Marta Suplicy (PT).

Em um carro de som, Marta aproveitou para elogiar o evento e pedir o fim do preconceito. "Essa é a maior parada do planeta. Nossa cidade está mostrando cada vez mais que respeita as diferenças."

Já o prefeito afirmou que a Parada Gay é o evento que atrai o maior número de turistas à capital. "No ano passado, foram 200 mil. Em 2007, o número já chega a 300 mil turistas. Isso é muito importante para nossa cidade", disse, acrescentando que a Parada é o segundo evento que traz mais retorno financeiro para São Paulo. No ano passado, o Grande Prêmio do Brasil trouxe R$ 150 milhões [57 milhões de EUR] aos cofres municipais contra R$ 136 milhões [50 milhões de EUR] da Parada.

Entre as novidades, Kassab destacou que esse ano a parada está envolvida na questão de combate à poluição. "Qualquer evento emite CO2 e isso polui o ar. Portanto vamos medir a quantidade de CO2 com o apoio de técnicos e fazer o plantio de árvores na cidade."

Segundo o prefeito, o investimento do governo municipal no evento totaliza R$ 400 milhões [151 milhões de EUR]. "A Parada merece esse investimento", concluiu.

Entre o público da festa destacam-se centenas de famílias que vieram de longe apenas para conhecer o evento.

A dona de casa Marta Soares, de 52 anos, trouxe a filha de 12 anos. As duas se dizem simpatizantes e vieram do Rio de Janeiro. Elas estão hospedadas desde a última quinta-feira em um hotel na região central. "Estamos adorando. É impressionante a união das pessoas e a vontade acabar com o preconceito", disse, vestida toda de rosa e com plumas no pescoço.

Armando Pereira, de 20 anos, afirmou que a festa é o evento mais esperado da vida dele. "É o único dia em que podemos nos soltar sem medo de levar tapa dos outros e ser vítima de preconceito". O rapaz mora em Campinas e veio somente para participar da parada.

Luta contra homofobia

O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Bissexuais, Toni Reis, disse que a briga da entidade é a aprovação no senado do projeto 122/2006, que dá como crime a homofobia. "Esperamos que ainda esse ano o projeto seja aprovado. É nossa principal reivindicação".

De acordo com Reis, uma pesquisa da Unesco apontou em 2006 que, 60% dos alunos adolescentes não gostariam de estudar ao lado de homossexuais e que 40% dos professores não sabem lidar com esse tipo de opção sexual. "Também temos dados que 70% dos homossexuais do Brasil já sofreram algum tipo de agressão."

(Notícia de Estadão-Brasil, com Camila Haddad)

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