O Republicano Roy Ashburn tinha um nível de alcolémia quase duas vezes o legalmente permitido quando a patrulha de autoestrada o mandou parar por volta das 2 da manhã, após ele ter saído de um bar gay, de acordo com diversas notícias locais.

No momento da detenção estava acompanhado por um outro homem no carro.

Ashburn votou contra os direitos LGBT pelo menos 30 vezes segundo o Directo Executivo da Equality California, Geoff Kors. Aparentemente a única medida que aprovou que é vista como gay-friendly por alguns foi a de obrigação de entrega conjunta do IRS estatal para os casais em parceira doméstica registada, tal como acontece com as pessoas que celebram um casamento civil.

Em 2005, Ashburn, que é divorciado e tem quatro filhos, co-organizou uma manifestação pelos "valores tradicionais" em que se defendia uma emenda à constituição do estado para definir o casamento civil como exclusivamente entre um homem e uma mulher. A proposta de emenda apresentada na altura se fosse aprovada iria provavelmente anular a lei de parceria doméstica do estado.

Ashburn também foi um dos opositores à declaração estatal do Dia de Harvey Milk, leis estatais que proibiam a discriminação com base na orientação sexual, uma declaração apoiando o fim da "Don't Ask, Don't Tell" e uma miríade de outras medidas que apoiavam pessoas LGBT. Também apoiou a Proposition 8, a questão que foi levada a referendo em 2008 e que cancelou a igualdade no casamento civil no estado.

Christopher Cabaldon, o presidente da câmara de West Sacramento, que é abertamente homossexual, disse aos repórteres que tinha visto Ashburn em bares gays em diversas ocasiões. Cabaldon chegou mesmo a referir a situação na sua página do Facebook há uns meses atrás se bem que a situação não tenha sido mediatizada na altura. A sua referência foi que "não me preocuparia de todo ver Roy Ashburn nas Badlands com um jovem homem se ele não tivesse um registo tão negativo em termos de votações nas questões de direitos LGBT". Em declarações à KOVR-TV, Cabaldon defendeu que não é possível viver uma vida secreta e ao mesmo tempo atacar as pessoas que nós somos, mas que temos tanta vergonha de ser que não o admitimos. Concluindo que este tipo de "hipocrisia é algo que nós, quer sejamos gays ou não, achamos inaceitável na política hoje em dia."