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Sexta-feira, 7 Novembro 2008 17:31

EUA
A votação que pode mudar o Mundo tem “rabos-de-palha”



Foi na passada terça-feira que os Estados Unidos foram a votos, e foi nessa noite que soubemos que os EUA estavam a mudar, ao fim de 45 anos sobre o famoso discurso de Martin Lutter King (1963) – “I have a dream” – um negro é eleito e proclamado Presidente dos Estados Unidos, considerada a nação mais poderosa do mundo.


No mesmo dia em diferentes estados e em conjunto com a eleição do Presidente dos EUA, fez-se uma consulta popular. Em cada um desses estados, dez ao todo, uma ou mais questões foram colocadas, ora em forma de proposta ou de emenda. Se algumas delas podem melhorar o futuro dos cidadãos americanos, outras podem destroem, um passado recente de conquista de direitos humanos.

Dos dez estados destacamos quatro, onde foi questionado o seguinte:

Arizona (proposta 102)

- Proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo – Sim 56%; Não 44%

- Contratação de imigrantes ilegais

Florida (emenda 2)

- Proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo – Sim 62%; Não 38%

Arkansas (iniciativa 1)

- Proibição da adopção por casais homossexuais – Sim 57%; Não 43%

Califórnia (proposta 8)

- Proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo – Sim 52%; Não 48%

- A colocação de limites ao aborto

No que se refere ao Casamento entre pessoas do mesmo sexo, destacamos o caso da Califórnia, onde milhares de casais casaram quando da decisão do Supremo Tribunal de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Uma vez que ate ao momento a “Proposta 8”, que visa tornar estas uniões ilegais ganhou com 52% contra 44% dos cidadãos que não aprovam esta proposta, os casamentos celebrados ate ao momento são completamente nulos, como o caso das octogenárias, uma delas já falecida, que se casaram ao abrigo da decisão judicial, e com honras “camarárias”.

Igualmente pergunta-se, em que situação fica os pais e mães, das crianças adoptadas por casais homossexuais no Estado do Arkansas, que aprovou a proibição deste acto altruísta? Pois ao colocar na lei o resultado desta consulta, as crianças adoptadas deixaram de ser filhos/as dos dois elementos do casal passando a ser possível serem só filhos/as de um dos elementos, embora conviva com os dois!

Num caso e no outro Associações e activistas estão já a organizar-se legalmente para questionar a legalidade destas consultas e saber do seu teor vinculativo, prometendo contestar e abrir uma luta legal par a impugnação destas propostas.

Assim e ao que parece, Martin Lutter King, quando falava de liberdade e igualdade para todas e todos, devia estar a cingir-se á relação entre pretos e brancos heterossexuais.

Este prémio Nobel, ou os seus seguidores, como tantos outros políticos e activistas sociais, quando apelam à igualdade entre os seres humanos, falam de certo de uma igualdade discriminatória.

Barack Obama pode ser a realização do dito “sonho americano”, pode representar uma América menos racista mas, não é com toda a certeza a personificação de uma América de facto livre e menos homofóbica.

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