O número de rapazes que sofreram abusos sexuais e, mais tarde, se tornaram abusadores é menor do que se pensava: 12 por cento. O estudo da equipa do Institute for Child Health (instituto para a saúde infantil), de Londres, acompanhou, durante anos, os casos de 224 indivíduos do sexo masculino que, quando crianças, foram vítimas de pedófilos. Só 26 deles se tornaram abusadores e, na maior parte dos casos, procuraram as suas vítimas fora da família. Porém, os cientistas concluíram que há factores que aumentam a possibilidade de a vítima se tornar agressor, ou padrões observados na infância das vítimas que se tornaram pedófilos. Por exemplo, as vítimas que assistem a cenas de violência familiar têm três vezes mais probabilidades de se tornarem agressoras. Os dados recolhidos e analisados pela equipa, que são publicados hoje na revista científica britânica "The Lancet", revelam que os pedófilos são, por norma, adolescentes ou adultos que conhecem as vítimas ou fazem parte do agregado familiar. O estudo, que foi dirigido por David Skuse, do instituto de saúde infantil de Londres, diz que, na Grã-Bretanha, a prevalência de abuso sexual de crianças varia, no caso dos rapazes, entre três e 37 por cento. No caso das raparigas, a estimativa é de sete a 53 por cento. Ou seja, potencialmente, as vítimas meninas são em maior número. [condensado de artigo do jornal Publico.PT]
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