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Quinta-feira, 6 Agosto 2015 19:57

ISRAEL
Depois de agressões, Rabino-chefe encontra-se com comunidade LGBT



No passado dia 30 de Julho realizou-se mais uma “Jerusalem Proud Parade” que foi marcada por uma interrupção sangrenta que resultou numa morte


Um ortodoxo radical feriu uma dezena de pessoas com arma branca deixando duas em estado grave. Uma das vítimas faleceu alguns dias depois. O agressor Yishai Schlissel estava há duas semanas em liberdade depois de 10 anos de cárcere por idêntico atentado na Jerusalem Proud Parade 2005. Dias antes do ataque Schlissel escreveu que “uma vez mais os malfeitores vão ter o desfile do pecado, na cidade dos reis bem ditos”.

Este ano estiveram na manifestação pelos direitos LGBT cerca de 5000 pessoas, segundo números da polícia que acompanhava o evento e que travou prontamente o agressor. A polícia estava de sobreaviso para um possível ataque da estrema direita, mas não esperava um religioso radical.

Sarah Kala, diretora do “Jerusalem Open House” mostrou-se chocada por haver ataques deste tipo em pleno século XXI e afirmou que “estamos aqui em Jerusalém e vamos ficar em Jerusalém”.

Os líderes religiosos ortodoxos prontamente repudiaram este ataque, dizendo que tal atitude vai contra a Torá. Aryeh Stern, Rabino-chefe, visitou as vítimas hospitalizadas apresentando os seus respeitos e desejando rápidas melhoras para todos em especial aos feridos graves. Sobre o ataque disse tratar-se de um ato totalmente contrário à Torá “a pessoa que cometeu esse ato pecaminoso é um criminoso em todos os sentidos e a sua ideia de matar judeus é aterrorizante”. Stern salientou ainda a legitimidade que todos tem de divergir de opinião e religião mas que ninguém tem o direito de “levantar a mão” para ferir quem não vive segundo as suas crenças.

O Ministro do Interior, Moshe Gafni reafirmou “a Torá do povo judeu é a Torá da vida e o valor da vida está acima de tudo”. Gafni que é também membro da estrita confissão Haredi Judaísta Ortodoxa. “A tentativa de matar e ferir é algo grave que nós rejeitamos totalmente, é algo que se opõe ao judaísmo” disse Gafni que adiantou que o ataque que vitimou uma dezena de pessoas tratou-se de um crime de ódio e não pode ficar assim.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, condenou veemente o ataque e prometeu mão pesada no cumprimento da lei condenando o agressor. Disse que a liberdade individual é um valor fundamental, “temos de assegurar que em Israel, todos os homens e mulheres podem viver as suas vidas com dignidade e em segurança” completou Netanyahu.

No dia que se seguiu à visita do Rabino-chefe Stren, porta-voz oficial do hospital onde foram internados os feridos comunicou que a jovem Shira Banki, de 16 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu. Um ferido grave continua hospitalizado.

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