A Marcha da Celebração a Liberação Trans, Dois-espíritos e Genderqueer celebra-se na sexta-feira antes do Festival Vancouver Pride. Começou em 2010, e segue o modelo da Dyke March da cidade. Segundo Shannon Blatt, uma das fundadores do coletivo que organiza o evento, isto significa que “organizamo-nos sozinhxs, em nome próprio, a partir e para a nossa própria comunidade, mas não em oposição a outras comunidades.”
Recusam-se a comprar autorizações ou a pagar o policiamento. No entanto Blatt afirma que nunca tiveram problemas com a polícia, e que a polícia costuma aparecer – sem convite – para ajudar no controlo do trânsito.
Tara Chee, outra mulher trans membro da organização diz que o evento existe como forma de dar voz a uma comunidade que pode não encontrar o seu espaço no Pride maior, e por isso não estão ligados à organização do Vancouver Pride. No entanto tanto Chee como Blatt afirmam que não são contra o pride, e que já marcharam e planeiam continuar a marchar na marcha maior.
Por outro lado, a Vancouver Pride Society parece sentir o mesmo pela marcha trans, que faz parte do calendário dos eventos relacionados com o pride no site oficial. Blatt reforça a importância da marcha trans “É um símbolo importante. Mostra que a comunidade se está a organizar, a reunir-se em número, a apoiar-se a si mesma, a amar-se a si mesma, e que está comprometida em ser visível, barulhenta e orgulhosa, ocupando o espaço público.” A marcha tem crescido desde que surgiu, e espera-se que este ano atinja os 300 participantes.