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Segunda-feira, 5 Agosto 2013 19:02

UGANDA
2ª Marcha do Orgulho LGBT decorre sem incidentes



Foi há um ano que se deu a primeira marcha do orgulho LGBT do Uganda, altura os manifestantes foram vítimas de carga policial, houve mesmo detenções.


Passado um ano as pessoas LGBT não guardaram medo, bem pelo contrário, e juntaram cerca de 100 pessoas numa praia em Entebbe a cerca de 36 kms da capital Kampala.

Este ano ao contrário do passado a polícia foi informada com antecedência e não interviu de nenhuma forma, e o sentimento vivido pelos presentes foi de que falta pouco para marchar pelas ruas da capital. Um dos convivas disse “hoje estamos aqui a quilómetros de distância da capital, mas com passinhos de bebé em breve estaremos nas ruas de Kambala”.

Uganda foi notícia mundial em 2009 quando apresentou um projecto-lei que propunha a pena de morte a atos que classificariam como "homossexualidade agravada". Entretanto o projecto ficou em banho maria pois ainda não foi debatido no parlamento. Mas mesmo assim a proposta de lei instigou a homofobia social que resultou não só em ataques a pessoas LGBT dentro e fora de Uganda, mas também levou a um aumento dos activistas. Essa é a opinião de Sandra Ntebi, responsável pela segurança das pessoas LGBT. Ntebi adianta que estão muito mais fortes hoje que há alguns anos atrás,”quando o projecto-lei foi apresentado sentimos que não merecíamos ficar no nosso país, e alguns saíram, mas depois voltaram e decidiram lutar pelos seus direitos em casa”.

Ainda é complicado ser-se homossexual no Uganda, mas não é tanto quando a imprensa internacional descreve. Quem o diz é Kelly Mukwano, activista pelos direitos LGBT, que admite que ainda existe invasões policiais nos eventos, e que famílias rejeitam os seus filhos e, amigos repudiam os homossexuais que conhecem, a violência sobe diversas formas e a intimidação ocorrem regularmente mas não tanto ou à proporção que a imprensa internacional fez querer.

Diz Mukwano, “há pessoas a morrer em outras partes do mundo, na Etiópia, na Jamaica, essas pessoas estão a ser espancadas todos os dias e são gays. Então acho que foi algo exagerado apontar Uganda como o pior lugar do mundo para se ser gay”.

Beyondy, ela própria uma pessoa transexual diz: “ano passado eu fui uma das pessoas espancadas pela policia, hoje estou feliz porque somos livres, ninguém está a olhar-nos e a impedir de marcharmos”.

A lei no Uganda é omissa sobre a homossexualidade feminina mas sobre a masculina as punições chegam à prisão perpétua.

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