Muitas das igrejas, disse o arcebispo, estão a contribuir para o estigma à volta do HIV/SIDA em vez de o combaterem. Em notas libertadas numa conferência Britânica sobre SIDA e a Igreja, Ndungane disse, "Devemos compreender que o VIH/SIDA desafiou a igreja a vários níveis" A epidemia HIV/SIDA sublinhou o papel vergonhoso que as igrejas desempenharam no perpetuar da discriminação, disse Ndungane, que sucedeu a Desmond Tutu, prémio Nobel e activista anti-apartaid, como clérigo Anglicano nº1 da África do Sul. "Privilegiamos os homens em detrimento das mulheres e os ricos em detrimento dos pobres," disse ele. "É uma desgraça e eu tenho vergonha por a igreja ter feito parte disto." "Depois há o estigma. A igreja nunca foi boa a lidar com assuntos relacionados com o sexo, mas condenamo-lo frequentemente, pensando que os pecados sexuais são o pior pecado, e pensando que todos os que estão infectados 'merecem-no'." Ndungane disse que demasiadas igrejas continuam a olhar para a SIDA como uma "retribuição de Deus" em vez de uma doença humana, e falham em dar suporte necessário às pessoas doentes. "Igrejas que ensinam outras coisas terão muito que responder no Dia do Juízo Final," disse. No ano passado Ngundane quebrou relações com outro clérigo Africano Anglicano, que o acusou de hipocrisia e intolerância, numa disputa sobre um encontro com um bispo homossexual nos Estados Unidos. [Reuters].
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