A coligação governamental polaca tem sido criticada, com alegações de que inclui elementos de extrema-direita, anti-semitas e contra a comunidade homossexual. Kaczynski sublinhou que "não há razão para preocupações" e que a Polónia "continuará a ser democrática".
Durão Barroso teve uma reacção prudente mas positiva, ao sublinhar que o país é "crucial" para a construção europeia e que "os factos irão confirmar o apego da Polónia à democracia". Recordou, porém, que a UE é "uma comunidade de valores".
O chefe do Governo polaco admitiu a existência de uma "franja" anti-semita, mas acrescentou que se encontra numa fase de mudança e respondeu às alegações de intolerância, no seu país, contra a comunidade homossexual, ao sublinhar "Temos clubes, literatura e imprensa gay que funcionam normalmente e ninguém tenta impor-lhes limites. Na Polónia, há homossexuais com posições políticas elevadas."
Jaroslaw Kaczynski é gémeo do Presidente da Polónia, Lech Kaczynski. Em referência humorística indirecta à parecença entre os dois, Barroso disse que, apesar de ser o seu primeiro encontro com Kaczynski, tinha a impressão de ter estado com ele antes, porque se avistou, há um mês, com o Presidente.
[Notas PortugalGay.PT:
Lech Kaczynski, o Presidente da Polónia proibiu a marcha gay na cidade de Varsóvia em 2004 e 2005 quando ainda era presidente da câmara da cidade, mas apoiou uma marcha na ocasião contra os LGBT.
Já Jaroslaw Kaczynski avisou recentemente os Polacos que "as pessoas homossexuais podem fazer demonstrações perversas nas ruas, mas é proibido discutir os temas de censura moral".]