JPR: Porque é um universo que me está próximo e que interessa filmar, é só por isso. É quase um grito pessoal. Mas também há um esboço de um amor heterossexual no filme... é quase o cruzamento de duas paixões, de dois amores impossíveis.
Tratas o teu desejo no filme?
JPR: O meu desejo não... acho que há sempre uma distância entre as pessoas e o que fazem... é diferente mesmo: são ficções.
Claro. E o filme é uma perfeita ficção?
JPR: É uma ficção muito concreta. Acho que muitas pessoas ao verem o filme poderão encontrar coisas em comum com a vida delas, porque eu se calhar também encontro algumas coisas em comum com a minha vida... eu não escrevi o filme sozinho, e ao escrever o filme com outras pessoas também foi isso de procurar outras experiências, para tornar o filme mais rico.
Quanto tempo é que durou a rodagem do filme?
JPR: A rodagem durou cerca de dois meses, umas nove semanas. Todo em Lisboa